quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Ainda o Fórum Social


Entre os debates que contou com nossa participação no FSM/2009 foi o de economia solidária. Participamos de dois debates, no primeiro, tratou-se do tema sobre incubadoras sociais promovido pela Universidade Federal da Bahia e a Prefeitura de Osasco/SP, apresentamos o tema: software livre e economia solidária. A proposta é buscar compartilhar cada vez mais as experiências do movimento de software livre com este grandioso movimento chamado economia solidária. Antes já havíamos participado de uma palestra com Frei Beto e Paul Singer. Um momento de muita empolgação com as inúmeras propostas e perspectivas da economia solidária. Já no debate sobre incubadoras sociais foram apresentadas diversas experiências no país e no mundo.
Ainda sobre o debate das incubadoras sociais observamos nas diversas experiências do país, que o software livre é uma realidade sem volta ao software proprietário, os pequenos negócios, os pequenos empreendimentos, as cooperativas optaram acertadamente por tecnologias abertas.
Um outro aspecto apresentado por diversos movimentos foi apostar na formação, não só a partir das disputas por recursos públicos para importantes projetos sociais, como muitos outros projetos com nítido caráter de formação política. No geral, a concepção é totalmente voltada para a economia solidária, compartilhar as diversas experiências e criar grandes redes sociais de solidariedade.
Entre as mais representativas experiências de economia solidária foi a apresentação do Banco Palmas de economia solidária, um projeto que vale a pena todos conhecerem. E o Fórum Mundial teve uma moeda própria chamada Amazónia que circulou livremente na UFPa. Maravilhoso!!!
No último dia de debates sobre economia solidária participamos da plenária de encerramento, neste espaço foi possível conhecer militantes que debatem projetos sobre agroecologia, interagir com propositores de segurança alimentar e nutricional, aliás, este movimento vem insistentemente lutando por um projeto de lei que trata da alimentação escolar para as escolas públicas (precisamos nos engajar nesta proposta, só assim teremos merenda escolar de qualidade). Debateu-se a necessidade da redução da carga tributária sobre os produtos, sobre os insumos, enfim, foi possível através das experiências comprovar que a economia solidária tem apelo popular e significa grandes possibilidades de avançarmos nas políticas públicas e sociais contribuindo para debelar a fome no país, gerar emprego, diminuir desigualdades, debelar o analfabetismo e contribuir para a formação da consciência política do povo brasileiro.
Para concluir, esta plenária final foi intitulada de debates de redes sociais em economia solidária, compartilhar experiências, unificar movimentos em defesa de projetos políticos de solidariedade. Neste sentido, este foi o objetivo de participarmos dos debates da economia solidária, conseguimos nosso intento, inserimos o movimento de software livre nos projetos de redes sociais. Isso significa mais desafios para o movimento a nível nacional, bem como em nosso Estado. Para isso, já trocamos e-mails, já agendamos contatos e esperamos que os primeiros passos sejam dados.
Não podíamos deixar de aproveitar nossa participação e denunciar a todos os participantes do país e de todos os outros países presentes, o convênio sórdido do governo do Estado com a Microsoft.
Destaque para a feira de empreendedorismo de economia solidária (foto acima) que se fez presente na Universidade Federal do Pará.
Alguns militantes do movimento de software livre, inclusive este blogueiro principiante, já na noite fria de sábado, reuniram-se no Vadião da UFPa, ao som de Paulinho Mururé e fizemos as primeiras juras para os próximos passos: software livre e cooperativismo. Mais isso é outro papo que falaremos depois.


 

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