segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Midias Livres

Resolvemos fechar os aspectos centrais dos debates das Midias livres no Fórum Social Mundial 2009. O evento concentrado no NPI/UFPa, além de alguns debates e oficinas que se realizaram na UFPa nos deixam empolgados e nos energizam para continuar nossa cruzada política.
Este evento mais do que cumprir uma agenda política do Fórum Social Mundial demonstrou que tem visibilidade por aspectos fundamentais. Há uma diversidade de organizações no mundo que empenham a bandeira de uma outra comunicação, mas destaquemos a potencial das organizações brasileiras.
O que quero destacar foi o debate central sobre o monopólio das comunicações, o papel privatizador em torno do entretenimento, da programação banal e alienadora das principais redes de comunicações, de uma midia conservadora e oportunista que operam com concessões públicas, que aliás, todos os palestrantes e ativistas em todos os painéis teceram inúmeras críticas ao governo brasileiro por praticamente não mudar a política de concessões de TVs e rádios abertas no Brasil.
É comum as pessoas pensarem que as emissoras de rádio e Tv são donas dos canais e que podem fazer deles o que bem entendem. Na realidade, o conteúdo transmitido pelo rádio e pela TV trafega pelo ar, no chamado espectro electromagnético, um bem público e finito. Para transmitir determinada programação, as emissoras precisam, portanto, de uma autorização do Estado, ou seja, uma concessão pública.
Outro aspecto relevante neste evento "desde o surgimento dos meios de comunicação eletrônicos no país, a promiscuidade entre radiodifusores e políticos determinou a prevalência de interesses privados no rádio e na TV.
Para finalizar, como o movimento de midias livres entende o papel dos movimentos sociais e do Estado, principalmente por momentos de encanto com a eleição de governos progressistas, onde alguns cidadãos, infantilmente, chegam a acreditar que os rumos conservadores podem mudar. Mas o movimento em sua carta final deixa claro sua total desvinculação do Estado, dos governos, pretende-se trilhar por caminhos alternativos, por uma comunicação inclusiva, independente, compartilhada.
Foi possível compartilhar muitas experiências de várias organizações independentes de rádios comunitárias, de jornais independentes, de tvs comunitárias independentes e de software independente.
Concluímos empolgadissimos com a inserção do movimento de software livre com o movimento de midias livres, significa mais do que um outro mundo é possível, significa que uma outra tecnologia social é possível e urgente.
Agora é rumarmos na inserção do midias livres nos eventos de software livre e vice-versa.
Te cuida Ana Júlia e Bill Gates...

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