quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Esse desemprego!

Todos os analistas de plantão estão prevendo que o primeiro semestre será a prova de fogo para a nossa economia, o país será testado nestes momentos de turbulência como gostava de se referir o velho Ulisses Guimarães.
O início desta semana os noticiários só falam em demissões nas montadoras, mesmo que o governo tenha implementado um pacote específico com a redução de impostos para os carros populares e colocado crédito (com dinheiro público) a disposição das mesmas.
As principais emissoras de televisão apresentaram duas cenas distintas: Os sindicalistas dos metalúrgicos de São José dos Campos ligados à Central Única dos Trabalhadores - CUT, local onde a GM demitiu cerca de 800 trabalhadores temporários. O que nos chama atenção foi os atos de paralisação da produção em turnos de uma hora pelo trabalhadores efetivos em solidariedade ao emprego dos temporários. Outro fato foi a reunião da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e a Força Sindical (do Paulinho do escândalo do BNDES) negociando um pacto de redução de salários e redução da jornada de trabalho. A CUT acertadamente não participou da reunião.
Neste momento de crise os patrões elegem um pato para pagar a conta da crise: nós os trabalhadores com esse papo de redução de salários.
Condordamos com a posição do presidente da CUT: "é preciso reduzir a jornada de trabalho sem redução de salários como forma de geração de empregos, exigir das empresas que estão sendo beneficiadas com recursos públicos a garantia de manutenção de empregos, antecipar imediatamente o reajuste do salário mínimo para todos os trabalhadores e aposentados e imperiosamente redução das taxas de juros".
Vamos nos preparar para duras jornadas de lutas, no Fórum Social Mundial grande oportunidade para debatermos a questão do desemprego, as centrais sindicais já estão com o território demarcado.

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